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O excesso de peso em crianças e adolescentes vem se tornando um sério problema em todo o mundo, pois o número de obesos entre eles só vem crescendo. Em números gerais, no Brasil, apesar da desnutrição ainda ser uma realidade, a obesidade infantil aumentou muito nos últimos anos.
De acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF 2008-2009) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ministério da Saúde, o número de crianças entre 5 a 9 anos acima do peso mais que dobrou entre 1989 e 2009, passando de 15% para 34,8%, respectivamente. Já o número de obesos teve um aumento de mais de 300% neste mesmo grupo etário, indo de 4,1% em 1989 para 16,6% em 2008 e 2009.
Estes dados estão relacionados a uma variedade de fatores culturais ligados à modernização, que incluem: fácil acesso a alimentos altamente calóricos, divulgação excessiva da mídia para o consumo destes alimentos, aumento do interesse em atividades sedentárias como ver TV ou sentar à frente do computador.
Patrícia Modesto, nutricionista da Unidade de Pediatria do Einstein, explica que é na infância que formamos o nosso hábito alimentar. Deste modo, os pais devem apresentar à criança todos os alimentos possíveis. “Se houver recusa, espere alguns dias e volte a apresentar o alimento de outra forma. Quando adquirimos o hábito alimentar correto, este refletirá diretamente no crescimento e desenvolvimento adequado”, esclarece.
Além disso, a escola deve ser responsável por esta parcela importante do conteúdo educativo da alimentação, inclusive do ponto de vista nutricional, considerando que professores podem e devem estimular práticas saudáveis em suas disciplinas.
Confira algumas dicas dadas pela nutricionista do Einstein de como educar corretamente os filhos para uma alimentação equilibrada:
Patrícia Modesto orienta ainda que toda a família esteja envolvida na reeducação alimentar da criança. “Dar o exemplo é fundamental. Comer é algo que se aprende, e para isto, o paladar deve ser treinado. Nesse processo, além do exemplo, pesa a determinação dos pais - que também precisam ser educados.”
Ao ensinar bons hábitos alimentares ao seu filho, com certeza você estará contribuindo para que ele seja um adulto saudável.
A obesidade também é causada por fatores genéticos, psicossociais, metabólicos e endócrinos. Portanto, deve-se identificar a causa da obesidade caso a criança venha ganhando peso. “É importante realizar consultas periódicas com o pediatra e, se de fato identificada a obesidade como causa do aumento de peso, a criança deverá ser encaminhada a outros profissionais para melhor tratamento e acompanhamento”, recomenda a nutricionista.
Publicada em abril de 2012.
O excesso de peso em crianças e adolescentes vem se tornando um sério problema em todo o mundo, pois o número de obesos entre eles só vem crescendo. Em números gerais, no Brasil, apesar da desnutrição ainda ser uma realidade, a obesidade infantil aumentou muito nos últimos anos.
De acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF 2008-2009) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ministério da Saúde, o número de crianças entre 5 a 9 anos acima do peso mais que dobrou entre 1989 e 2009, passando de 15% para 34,8%, respectivamente. Já o número de obesos teve um aumento de mais de 300% neste mesmo grupo etário, indo de 4,1% em 1989 para 16,6% em 2008 e 2009.
Estes dados estão relacionados a uma variedade de fatores culturais ligados à modernização, que incluem: fácil acesso a alimentos altamente calóricos, divulgação excessiva da mídia para o consumo destes alimentos, aumento do interesse em atividades sedentárias como ver TV ou sentar à frente do computador.
Patrícia Modesto, nutricionista da Unidade de Pediatria do Einstein, explica que é na infância que formamos o nosso hábito alimentar. Deste modo, os pais devem apresentar à criança todos os alimentos possíveis. “Se houver recusa, espere alguns dias e volte a apresentar o alimento de outra forma. Quando adquirimos o hábito alimentar correto, este refletirá diretamente no crescimento e desenvolvimento adequado”, esclarece.
Além disso, a escola deve ser responsável por esta parcela importante do conteúdo educativo da alimentação, inclusive do ponto de vista nutricional, considerando que professores podem e devem estimular práticas saudáveis em suas disciplinas.
Confira algumas dicas dadas pela nutricionista do Einstein de como educar corretamente os filhos para uma alimentação equilibrada:
- Se a criança não estiver com fome no almoço, não ofereça nem estimule troca das refeições por lanches ou alimentos de fácil ingestão, como sucos, bebidas lácteas ou achocolatados. Quando ela sentir fome, comerá a refeição preparada.
- É importante dar bons exemplos. Se os pais consomem refrigerante durante as refeições, ficará difícil para os filhos tomarem sucos naturais de frutas. Evite a prática da comida como recompensa: ''coma esta salada para ganhar a sobremesa'', passa a ideia de que a salada não é boa, e sim, a sobremesa.
- Definir um cardápio balanceado e variado para todas as refeições pode ser uma opção, assim como preparar o lanche da escola em casa, o que evita o consumo na cantina, que pode não oferecer alimentos nutritivos.
- Incentive a atividade física ainda que seja andar de bicicleta ou levar o cachorro para dar uma voltinha. Desta forma, diminuem as horas em frente à televisão ou ao vídeo-game.
- A criança deve ser estimulada a trocar as bolachas e os salgadinhos por frutas. Explique a ela as vantagens e a importância desta troca. Deixe-as a vista, a criança vai acabar comendo o que está no campo de visão dela.
- Oriente-a a não realizar as refeições em frente à televisão ou ao computador. Aparelhos eletrônicos podem distrair a atenção e levar a um maior consumo e a uma mastigação inadequada.
Patrícia Modesto orienta ainda que toda a família esteja envolvida na reeducação alimentar da criança. “Dar o exemplo é fundamental. Comer é algo que se aprende, e para isto, o paladar deve ser treinado. Nesse processo, além do exemplo, pesa a determinação dos pais - que também precisam ser educados.”
Ao ensinar bons hábitos alimentares ao seu filho, com certeza você estará contribuindo para que ele seja um adulto saudável.
A obesidade também é causada por fatores genéticos, psicossociais, metabólicos e endócrinos. Portanto, deve-se identificar a causa da obesidade caso a criança venha ganhando peso. “É importante realizar consultas periódicas com o pediatra e, se de fato identificada a obesidade como causa do aumento de peso, a criança deverá ser encaminhada a outros profissionais para melhor tratamento e acompanhamento”, recomenda a nutricionista.
Publicada em abril de 2012.
Título: Como educar a alimentação do seu filho
